Há quem diga que a vida é uma grande roda gigante, outros que dizem que é uma montanha russa e ainda outros que a comparam com um rio tortuoso que sulca seu caminho pela terra e as pelas pedras a sua frente. Mas de todas as metáforas sobre a vida, a que mais me agrada é a ideia de que a vida é um mar, com suas ondas, tempestades, brisas e calmarias; com seus encontros com os rios, e seus desencontros naquela imensidão azul. E não importa se a vida é uma mar, estrada, rio, roda gigante ou montanha-russa, sempre haverá uma máxima que todo ser humano passa, passou ou passará: altos e baixos. Enquanto você amadurece, você percebe que no fim das contas a vida não é uma mar de rosas (ou talvez até seja, mas não nos esqueçamos de que rosas tem espinhos).
Às vezes me pergunto se nascêssemos com um manual de como viver a vida, se seríamos felizes? Seguiríamos o que nos escreveram, ou seríamos rebeldes e burlaríamos o sistema, as leis, as regras? Ou melhor, será que se soubéssemos o que poderia nos acontecer no futuro e qual o tempo exato que estaríamos aqui na terra, neste plano, nós tomaríamos as decisões certas? Aprenderíamos a deixar partir aquilo que não nos pertence por mais doloroso que seja? Deixaríamos de amar as pessoas erradas e voltaríamos nossos olhos aqueles que realmente nutrem um sentimento verdadeiro por nós? Saberíamos treinar nossos olhos e nossas ações para enxergar e viver uma vida mais equilibrada e feliz? Ou será que o desequilíbrio é a chave secreta? Será? Será?.......rs
São tantas perguntas. São tantos "se". Ao mesmo tempo, penso que se a gente não tem as respostas, adianta a gente tentar encontrar as probabilidades e as consequências de cada ato que não fizemos? Será então que seria mais fácil se fosse tudo pré-determinado e não tivéssemos escolha? Acho que não. Porque apesar de todas as dificuldades (as famosas "tempestades e ondas" as quais me referi no início do texto), ainda prefiro ser livre, para errar e aprender a acertar; amadurecer com o tempo e ter esperança de que coisas melhores nos aguardam.
Há de ter coisas maravilhosas nos esperando, acho só que nos falta a coragem para nos deixar levar. Nem sempre é inteligente nadar, às vezes nadar contra a corrente é cansativo, e talvez por um tempo, um breve momento, seja imprescindível aprender a boiar e se deixar levar na onda, nem que seja para recuperar o fôlego para voltar a lutar outra vez.
Bárbara Pena